segunda-feira, 7 de dezembro de 2015

Encontre as palavras

Ela me contando a historinha:
__ Aí ele me empurrou e doeu porque ele é gordinho.
__ Não chama as pessoas de "gordinhas", "gordinhos".
Dois segundos pensando...
__ Aí ele me empurrou e doeu porque ele é pesado.

Como eu queria ter essa capacidade de encontrar palavras tão rápido.


terça-feira, 4 de novembro de 2014

Porque sim!

Uma missão estudar com ela. Mil salves, mil vivas para os professores e intérpretes em Libras que a acompanham, porque olha...Ontem apresentei a ela um texto pra fixar o som do C, que está sendo trabalhado com a fono, e os sinais de pontuação. Achei o "Cadê?" do Guto Lins, inspirado em uma parlenda. E ela começou a ler.
"Cadê o ratinho que estava aqui?
O gato comeu.
E cadê o gato?
O cachorro mordeu."
(Pausa. Pensando)
- Por que o cachorro mordeu o gato? Ele correu?
- Não sei, continua.
"E cadê o cachorro?
O dono prendeu."
- Por que o dono prendeu o cachorro?
- Porque sim, filha, continua.
- Porque ele mordeu o gato, né? E o gato foi pra onde?
(Pausa minha/suspiro profundo/risadinha porque ninguém é de ferro)
"Cadê o dono?
Foi pescar.
Cadê o peixe?
Uma onça pegou.
Mas cadê a onça?
Foi pro mato.
Cadê o mato?
O fogo queimou
E cadê o fogo?
A chuva apagou.
Cadê a chuva?
O boi bebeu.
E cadê o boi?
[...]".
A história terminou. Ela virou a página inconformada.
- Mãe, cadê o boi? Cadê o boi?
Ninguém disse que seria fácil e nem que seria tão divertido às vezes.

quarta-feira, 20 de agosto de 2014

quinta-feira, 5 de junho de 2014

Excesso de falta

Blog temporariamente desatualizado por absoluto excesso de atividades maternais e extra-maternais. Quando penso em estar ocupada, preocupada, cansada, eu lembro desses dois. Aí, pego minha trouxinha e sigo. Abraços em todas e todos.

Gostaria de dar o crédito, mas não sei de quem é a autoria da imagem. Seja quem for o autor é linda. 

sexta-feira, 30 de maio de 2014

Profissional multitarefas

- Não é um trabalho qualquer. É, provavelmente, o trabalho mais importante!, anuncia o entrevistador. 

É tudo ficção. Pelo menos a vaga para o emprego. A descrição do serviço é real, posso atestar.

Há uns dias vi esse vídeo compartilhado no Facebook. É curioso, engraçado e assustador. Pelo menos assim foi pra mim. Na correria, na pressa em fazer, em dar conta da tarefa, não percebemos que ser mãe é fazer tudo isso aí. São ações automáticas. Claro que não são automatizadas. Tem amor, carinho, dúvida, raaaaaivaaaa...rs...rs. Menino dá raiva mesmo, muitas vezes. Tira a gente do sério e não podemos pedir férias quando queremos e muito menos demissão. Ser demitido, então, é o terror. Nem pensar! 

Como damos conta, hein? Nem sei explicar. Alguém saberia? E ao final do dia fica aquela sensação de 'déficit'. Hoje fiz tantas mãezices que quase não sobrou tempo para o que eu poderia fazer "por mim mesma". A enorme lista só desta sexta incluiu levar e trazer da escola (duas vezes cada uma dessas), ouvir uma rapsódia sobre desistir da faculdade, convencer do contrário e ainda ajudar a fazer os trabalhos, matar um terrível monstro assustador de cinco centímetros, etc, etc, etc, etc e etcetera. Você fez o que de extra hoje? Que atividades inusitadas têm entrado na sua lista?

E pensar que antes de tê-los, sem sabê-los, a gente só pensa em roupinhas e sapatinhos...



Boa noite a todas, especialmente para as que têm uma longa jornada antes de desmaiar.